Os registros históricos do ponto cruz coincidem com o nascimento da era cristã. O ponto, porém, é muito mais antigo - remonta à pré-história. No tempo em que os homens moravam em cavernas, o ponto cruz servia para costurar as vestimentas, feitas de pele de animal. Usavam agulhas de osso e no lugar de linhas, tripa de animais ou fibras vegetais. Fragmentos de linho datados de 5000 a.C., retirados de túmulos egípcios em escavações arqueológicas, revelaram que o ponto cruz era usado para cerzir peças de tecido.
Na antiguidade, os romanos descreviam o bordado como "a pintura com agulha", mas foram os babilônicos que batizaram a técnica.
Existem controvérsias sobre a origem do ponto cruz, da forma como é utilizado hoje. Mas há quem acredite que ele tenha surgido na China, sendo levado para a Europa pelas antigas rotas comerciais, mais precisamente a "rota da Seda".
Na Europa Ocidental, desde a Idade Média o ponto cruz marca presença na decoração de casas e igrejas e nas roupas, como símbolo de riqueza.
Na Europa Medieval, quase todas as culturas empregaram algum tipo de ponto cruz para enfeitar, principalmente, as roupas dos nobres. O bordado refletia pensamentos, idéias e religião de uma época, variando em cores e estilos, conforme a região.
Foi em meio a uma "epidemia" de ponto cruz, feito por pessoas das mais diversas posições sociais, no século XVIII, que surgiram os mostruários: uma forma de facilitar a escolha dos motivos e das cores. Com fileiras de letras e números ou versículos religiosos, desemprenhou papel importante na alfabetização de crianças e adolescentes.
O ponto cruz chega até os nossos dias superatualizado. para atender às necessidades e ao gosto da mulher moderna, que dá preferência aos motivos fáceis e rápidos para decorar a casa, enfeitar roupas e presentear.
(Texto retirado da revista Ponto Cruz Manequim nº 58)
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